O Governo anunciou a sua decisão de salvar da falência a Mercearia "Privat Gourmet". Segundo o Executivo, a razão desta intervenção deve-se, antes de mais, à preservação da imagem merceeira nacional, dada a importância que o Nacional Merceeirismo tem para a estabilidade da Nação.
Questionado sobre o alcance desta medida, se estava em causa um pacote de auxílio a todo o sector merceeiro, um alto dignatário governamental esclareceu que não existe, para já, motivo para preocupação e que o sector em causa está de boa saúde, pelo que não se prevê a necessidade de uma medida abrangente.
Esta notícia animou os mercados, que negociaram em alta. O dia foi positivo no MARL, impulsionado pelas subidas acentuadas da cenoura, do repolho e do alho-porro. Em terreno negativo negociou a couve de bruxelas, consequência do que foi percepcionado como inacção por parte do BCE.
Entretanto, já outros profissionais vieram reclamar intervenção governamental. Os para-merceeiros, ou comerciantes-de-berma-de-estrada, fizeram saber que se o Estado ajuda as mercearias dos ricos, tem uma maior obrigação de ajudar "todos aqueles que se dedicam a levar a actividade merceeira a todos os portugueses". Um porta-voz da Associação dos Merceeiros Genuínos comentou já este apelo, lamentando o aproveitamente político desta crise por parte de "sectores pseudo-merceeiros".
Segundo a Dona Hermengilda, analista de mercados e mercearias, a primeira questão a atacar no curto prazo é o fiado malparado, que está a causar problemas de liquidez no sector merceeiro. No entanto, adverte ainda esta perita, é preciso ter atenção a todos os desenvolvimentos, e não procurar a fusão a todo o custo, pois isso poderá resultar num sacrifício da solidez em nome da liquidez.
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